A série Nova África, inclusa na nova programação da TV Brasil, mostra imagens e histórias do continente africano que pouca gente viu ou ouviu. “Falar em África como um todo é tão impróprio quanto falar em América Latina desconhecendo que ela inclui desde o Uruguai até Barbados. Por isso o nome: Nova Africa. Uma nova forma de ver a África” A África que conhecemos foi “inventada” pelos europeus. A ocupação física do continente se deu num quadro de disputa entre as potências européias e da expansão da evangelização cristã. “Comércio, cristianismo e civilização” eram os 3 cês conjugados pelos colonizadores. Nasceu daí a idéia da África “bárbara”, “selvagem”, do “continente negro” como lugar da perdição. Foi preciso apagar a história da África para inventar um continente à imagem e semelhança da Europa, mas para poucos. Muito embora essa visão racista da África tenha desaparecido do discurso oficial, os preconceitos persistem em pleno século 21. A África “não dá certo”, é vista como símbolo do atraso, da decadência e da corrupção. Nós pretendemos romper com esse paradigma de ver a África através de lentes européias. Em primeiro lugar, deixando que os próprios africanos falem sobre si, não “especialistas” que nunca puseram o pé no continente.
Luiz Carlos Azenha, jornalista.
O Programa
Nesta segunda temporada, a série Nova África faz uma viagem por 30 países africanos para revisitar o passado e conectar o Brasil ao terceiro maior continente do mundo, permitindo que o telespectador construa a ideia de uma Nova África, longe de estereótipos, e se sinta mais próximo dessa região que faz parte das nossas origens. É uma mistura de linguagem documental com o tratamento jornalístico dos conteúdos.
Os programas privilegiam as imagens e o encadeamento cinematográfico de cada depoimento. Ao mesmo tempo, as informações transmitidas ao telespectador são tratadas jornalisticamente, com a preocupação de expor e explicar de forma didática cada elemento, contextos históricos e dados atualizados sobre os países e os assuntos tratados. Relatos de entrevistados ilustres traçam um panorama do continente.
A segunda temporada do Nova África é resultado de edital realizado pela TV Brasil, cuja vencedora foi a Cinevídeo.
A equipe Cinevídeo
Direção Geral: Aluízio Oliveira
Diretores: Célio Grandes, Fábio Brasil, Caetano Curi e Sérgio Raposo
Diretores de Fotografia: Pedro Semanovschi Eduardo Duwe, José Francisco Novais Duarte, Marco Romiti e Gerônimo de Castro Lessa
Editor Chefe: Aluízio Oliveira
Produção Executiva: Luciana Pires
Produtores: Leo Branco, Camilo Cavalcanti, Carlos Noronha
Auxiliares de Câmera/Áudio: Diego Buratti, Amilsson Lessa, Jailson Lessa
Dina Adão, Guine-Bissau, diferencial e destaque na segunda temporada NOVA ÁFRICA
A apresentadora guineense do Nova África, Dina Adão, conta um pouco de sua trajetória profissional até o convite para apresentar a nova temporada do programa da TV Brasil. A jornalista da Guiné-Bissau, famosa no continente africano por comandar durante quase 10 anos o Jornal da Noite na TV da Guine-Bissau faz uma viagem por 30 países africanos, estabelecendo uma conexão direta entre o Brasil e o terceiro maior continente do mundo, que faz parte de nossas origens.
Histórico da série
A primeira temporada do Nova África foi produzida pela Baboom Filmes, vencedora do primeiro edital aberto pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que faz a gestão da TV Brasil, para produção de série sobre o continente africando. Ao longo de 26 episódios, o público brasileiro conheceu diferentes países africanos, onde protagonistas locais narraram seus problemas e soluções: trabalhadores, políticos, intelectuais, artistas e ativistas sociais, cujas vozes e ideias estão quase ausentes no cotidiano dos brasileiros, foram entrevistados na série.
A equipe Baboom
Direção Geral: Henry Daniel Ajl e Luiz Carlos Azenha
Direção de Fotografia: Markus Bruno
Projeto editorial: Luiz Carlos Azenha e Conceição Oliveira
Coordenação de Produção: Tatiana Barbosa
Reportagem: Aline Midlej
Produção: Paulo Eduardo Palmério
Montagem: Marco Korodi, Augusto Simões
Roteiro: Angela Canguçu e Eduardo Prestes
Consultoria Histórica: Conceição Oliveira
Finalização Gráfica: Fernando Clauzet
Trilha Original e Mixagem: Rafael Gallo
Narração: Phil Miler
Narração “Os Lusíadas” de Luís Vaz de Camões: Gero Camilo